...descalcei as luvas

Hoje decidi recuperar parte de mim, essa que estava escondida nas gavetas, quase já esquecida... Descalço as luvas que usei até hoje porque as minhas mãos já desconheciam o toque do pastel e da folha, até o traço parecia desconhecido... Agora, com as novas mãos, quase me sinto uma criança que começa a pegar num lápis para desenhar a primeira letra do nome. A, B, C, D, Esboço então uma ideia meia tosca para condizer com o meu traço, tosco... e para que as minhas mãos se afeiçoem à secura do pastel, novamente.

Chuva...

Chove em Díli! São quase as 22h e, porque estou a viver um período menos agitado (os meus leitores entendem-me), decidi sentar-me para escrever algumas palavras sobre o que quer que surja. Porque ando grávido de ideias, os temas poderiam ser os mais variados; mas duvido que fossem do vosso interesse. Entretanto, lembrei-me que há um que me agrada partilhar: amanhã será um dia especial. Não, não é porque tenho uma reunião! (ainda que tenha a sua importância)Mas porque espero encontrar o meu jipe! Se o encontrar... aparecerá por aqui um retrato! Até breve... e nunca esqueçam que o silêncio não é esquecimento, é todo saudade...

Descanso do guerreiro

Stop.

Um dia de chuva

Obriguei-me a levantar-me bem cedo para poder esboçar algumas das aulas desta semana. Não adivinho tarefa fácil, mas os Dazkarieh inspirar-me-ão com o seu «Hemisférios». Aos meus caros leitores, que também hão-de ter os seus sábados cinzentos; aconselho-os a fazerem o mesmo...

Primeiro dia

São as nove horas e já experimentei alguns minutos do trânsito infernal da capital maubere; mas não contente, ainda vou engolir mais uns dióxidos a caminho da minha segunda casa, doravante (ou talvez terceira! mas esta classificação mereceria uma reflexão mais profunda e valorativa... e não me quero adentrar em grandes filosofias!).

Algum nervosismo aflora-me à pele e começo a ficar inquieto. O meu motorista já está lá fora, mas a ordem de saída é às 10h... quase me apetecia sair já! Já troquei algumas palavras com o Tobias, que me disse que podemos demorar entre uns 15 minutos e uns 45 indesejados, dependendo do trânsito. Mas todos eles pouco oxigenados! Para quem nunca esteve por estas bandas, deve imaginar um filme bolywoodesco... carros desesperados que ocupam centimetricamente a rua, rodeados de motas que ocupam os restantes milímetros... creio ter esboçado o que me espera. Tudo isto para retratar os 7 kms que distam entre Díli e Tíbar!

Habit(u)ação

Ainda me estou a habituar a esta minha nova casa. Até tenho acordado mais cedo para que este processo estranho a que ultimamente me tenho exposto seja menos demorado. Hoje decidi ir às compras às 8h da manhã. Escolhi uma loja simpática («Páteo») para comprar os meus próximos pequenos-almoços e lanches: sumos de pêssego, uns quase-iogurtes-recomendados-pela-amiga-xana e umas bolachas maria portuguesas, mas bem tostadinhas... Depois de negociar com um taxista, fiz-me a casa com um dólar... e cá estou eu. Não tardo em arejar no jardim de que vos falei; que, afinal, ainda tem frangipanis e outros verdes-sem-nome! É bem possível que logo à tarde, quando me liberta de uma planificação que ainda tenho entre mãos, coloque aqui umas fotografias para ilustrar este texto...

Novo Ano

Sento-me na praça pública de vila verde, pequeno jardim de cadeiras e mesas, onde espero servir-me alguns cafés instantâneos made in indonésia. Exactamente, esses que outrora dizia intragáveis a favor de um qualquer expresso, mesmo que caseirinho! Hoje, sou outro... alguém me disse que um dia destes (a experiência vale tudo por estes lados!) até moscas comerei! Um pouco exagerado... ou talvez não, para quem quase comeu uma "teki" com bolacha maria. Retomando o assunto, apraz-me informar-vos que, agora, na capital deste meu pequeno mundo, Díli; esforçar-me-ei por vos dar mais novidades! Aguardem (mas insisto que, se estiverem sentad@s, a espera é bem mais agradável!). Até breve. E um óptimo ano para tod@s!