sexta-feira, 13 de março de 2009

do outro lado do Cristo-Rei


Estar em Timor pode converter-se em mil aventuras, mas há umas que merecem ser relatadas… e outras não. Hoje decidi contar-vos o que, depois de uma sexta-feira 13, pode ainda acontecer.(Pessoas sensíveis e facilmente impressionáveis não deverão ler as próximas linhas. Caso o façam, o autor não se responsabiliza por quaisquer consequências daí advenientes!)
Como qualquer malai, quando tenho de andar uma distância que se me assemelhe a mais de um quilómetro ou, por ignorância, nem adivinho onde fica o lugar de destino – e é habitual acontecer nos primeiros três meses, mas esclareço que eu ainda só estou deste lado há dois… - apanho um táxi (e esse é um tema de um outro relato, logo que me seja oportuno). Desta vez precisava encontrar-me com um amigo do meu irmão que, recém-chegado de Portugal, me pôde trazer dali algumas relíquias nacionais (chás, gelatinas e ervas aromáticas). Depois de o ter encontrado no restaurante de um hotel habitualmente frequentado por todos os portugueses que pousam por estas bandas, e de o ter ouvido, boquiaberto, umas quantas vezes que era igual ao meu irmão gémeo; convocou-me para o hotel onde estaria hospedado às 14h. O certo é que o tempo passa, já estava a faltar à hora combinada uns minutos… e, sorte a minha (pensava eu), logo que saio do restaurante pára um carro à minha frente a perguntar-me para onde queria ir. Entrei no carro e a habitual conversa de táxi – desta vez em inglês – começa a tornar-se demasiado física. Entre um “tem uma boa barriga” e um “tem aspecto de quem pratica desporto”, intercalado por um “a sua mulher deve estar em Portugal” e um “tem filhos”, chegámos ao nosso destino. Preparava já a carteira para pagar o habitual dólar, quando o senhor decidiu perguntar-me se aparava os meus pêlos tão estimados (comecem a imaginar quais!) e se poderia espreitá-los. Evidentemente que imediatamente a minha carteira quis regressar ao bolso de onde nunca deveria ter saído, a mão que em Portugal poderia fazer alguns estragos ao apreciador da minha silhueta, limitou-se a abrir e a fechar enraivecida a porta do carro-que-não-era-táxi. Por isso, meus caros, da próxima vez que desejarem um táxi e ele vos apareça instantaneamente, desconfiem...

2 comentários:

Anónimo disse...

Querido tio,esperamos que estejas a divertir-te por aí em Maliana, a propósito, estás a gostar de dar aulas?Beijinhos do teu irmão Aniceto, da Anabela e das tuas sobrinhas Sofia e Beatriz.

A. PIRES disse...

......... CARAGO....................... ESTAS NO PARAISO ..... NÃO TRABALHES DEMAIS... FAZ MAL