maliana, arrozais

cemitério, maliana

arrozais, maliana

Deste lado é quase a uma da madrugada. Ultimamente temos tido a sorte de podermos dormir com a luz acesa, se tivermos medo do escuro. Ou se quisermos fingir que é dia para enganar alguma saudade do outro lado do mundo que goza por estas horas o meio da tarde. Ou então, e essa é que é a verdade, se tivermos muito trabalho e que não tenhamos mais remédio senão fazê-lo pela noite adentro.
Hoje estou mais desperto, porque uma infecção pulmonar há-de sempre proibir-me de ligar o ar condicionado. E sem ar condicionado é mesmo impossível dormir. E se não durmo, ou escrevo, contando cada letra como se fosse um segundo que há-de converter-se em horas; ou folheio um “antes que o rio seque” de um conterrâneo. Ambas as possibilidades são concretizáveis. Por ora, decidi sentar-me a escrever, uns minutos; mas espero a hora do antibiótico para poder mudar de lóbulo. O mesmo é dizer, para os ainda menos esclarecidos que eu, pararei de escrever para ler.